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Cimeira da CEDEAO confirma boas expectativas cabo-verdianas
Terminou no início desta tarde a 43ª Reunião Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO e que viu aprovar a proposta cabo-verdiana para o alargamento do número de comissários da Comunidade dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) e, melhor ainda, viu aprovar a candidatura cabo-verdiana para liderar a pasta das telecomunicações e tecnologias de informação. Doravante o país passa a fazer parte efectiva do Governo da CEDEAO.Com esta resolução Cabo Verde fica responsável pela liderança de um sector chave em toda a estratégia de integração da Comunidade e que tem a ver com as telecomunicações e as tecnologias de informação. Sem contar que este é ainda um aspecto primordial em toda a estratégia de transformação das Ilhas levada a cabo pela Governação de José Maria Neves e que poderá funcionar como uma alavanca impulsionadora da efectivação do “Cluster TIC”.Da mesma forma novas portas poderão se abrir, não só para a expansão do Núcleo operacional para a Sociedade de Informação (NOSI) mas, sobretudo, para as empresas cabo-verdianas de procederem à sua internacionalização e maior penetração no enorme mercado que é a CEDEAO, região que conta com uma população na ordem dos 400 a 500 milhões. Sóa Nigéria possui uma população de mais de 170 milhões.
“Queremos, sobretudo, que as empresas privadas cabo-verdianas possam ter acesso a outras acções no quadro da CEDEAO, projectos e programas no quadro da CEDEAO. Há muito interesse de vários países, Costa do Marfim, Burkina Faso, Guiné Conakry. Já estamos a trabalhar também na Guiné-Bissau, de modo que há aqui um interesse grande…”, diz.
E acrescenta “que é um grande ganho, a partir de agora Cabo verde terá um comissário que irá participar no Governo da CEDEAO” Foram também estabelecidos mecanismos, nos próximos mandatos Cabo Verde poderá, também, não só assumir a presidência da Comissão, como também a vice-presidência”, afirma Neves.
Por tudo isso as reformas encetadas implicam uma maior participação de Cabo verde na CEDEAO “que vem ao encontro da nossa inserção competitiva na CEDEAO e ancoragem da nossa economia na economia africana.
Falta agora escolher três nomes que serão indicados ao conselho de Ministros da CEDEAo que fará, então a escolha do comissário entre essas três possibilidades. Os três nomes serão discutidos e apontados, brevemente no Conselho de Ministros do Executivo cabo-verdiano. A designação de Cabo Verde para liderar o sector das telecomunicações e das novas tecnologias na Comunidade Oeste Africana é, igualmente, motivo de orgulho por constituir o reconhecimento dos países membros aos avanços conseguidos pelo país nesta matéria, sendo que Cabo Verde Ilhas são tidas como um dos líderes ao nível do continente, sobretudo pelo desenvolvimento de soluções ligadas à governação electrónica.
De referir que o próprio NOSI vem dando passos firmes na sua internacionalização com parcerias com países como Angola, Guiné-Bissau, Costa do Marfim e outros na sub-região e no continente africano.
A problemática dos transportes, no que tange à ligação aérea entre os países membros da CEDEAO, pasta que ficou ao encargo da Costa do Marfim, com o compromisso de “nos próximos dois anos equacionarmos e resolvermos a questão dos transportes aéreos entre os Estados”. Está aqui também aberta boas perspectivas para os TACV que, como salientou o Primeiro-Ministro, vão ter que abraçar o desafio de expandir-se mais para os destinos dentro da Comunidade “ o mais rápido quanto possível”, salienta José Maria Neves, acrescentando que a empresa “terá de decidir e agir estrategicamente”.
Outra boa notícia tem a ver com o documento estratégico referente às energias renováveis e à eficiência energética, lembrando que o Centro de Energias Renováveis e eficiência Energética está em Cabo Verde, pelo “que estamos muito interessados no desenvolvimento desta matéria”. Aqui Cabo Verde tem igualmente a oportunidade de se posicionar como líder no desenvolvimento de novas soluções ligadas à produção de energias limpas, lembrabdo, também, a meta traçada pelo Executivo de criar e cinstalar capacidade no país para a produção de energias 100% renováveis.
Um aspecto que merece ser mencionado está ligado ao estabelecimento e à efectivação do projecto de mercado comum, cuja decisão ficou, entretanto, adiada para uma Cimeira Extraordinária a ser realizada em Outubro deste ano, em Dacar. É que faltam limar algumas arestas, por exemplo no que tem a ver com a importação de alguns bens de necessidade, nomeadamente o arroz e o açúçar que, nos moldes.previstos até esta deverão ficar mais caros, ainda que a maioria dos produtos de importação devam ficar mais baratos. Daí que discute-se a implementação de medidas de compensação para países como Cabo Verde que não produzem esses bens.
Igualmente ficaram ainda por decidir outras questões ligadas à efectivação de um mercado comum e à livre circulação de pessoas e bens, dossier que ficará ao encargo, com Cabo Verde a avançar uma proposta no sentido de alguma contenção em relação a essa circulação de pessoas, “tendo em conta a pequenez e a vulnerabilidade do país”.
Daí que a proposta cabo-verdiana vai no sentido de se criar especificidades à circulação normal para o nosso país aos membros de Governo , artistas e detentores de cargos políticos e missões, diplomatas, homens de negócios, e regular da melhor forma possível entre todos os cidadãos da Comunidade.
O Primeiro-Ministro regressa a Cabo Verde já esta tarde de quinta-feira.