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"Nós conseguimos quebrar o enguiço" afirma ex-ministra da Reforma do Estado
A senhora se vê como um exemplo para a mulher cabo-verdiana?
Eu vejo como alguém que teve oportunidades. Exemplo seria um exagero. Tenho uma consciência clara de que, tendo em conta as oportunidades que eu tive, de estudar direito cedo, oportunidade de ter tido uma formação que me permitiu saber reivindicar, um percurso que me deu auto estima. Eu não me considero menor que um homem. Por que foi o meu percurso, pelos meus pais. Então eu tive oportunidades que outras mulheres não tiveram e por ter estas oportunidades, estas qualificações tenho obrigação de avançar e abrir caminho a outras mulheres. Neste sentido é que eu me vejo efectivamente a assumir certos desafios.
Sei que não sou só eu quem está em causa. Não sou só eu mas há aqui também a possibilidade de abrir caminho, por estar bem colocada. Podia ser outra mulher que estava mas estando bem colocada, aquilo que eu digo, é que neste momento tenho vez e tenho voz, tenho acesso, e posso e devo trazer agenda da mulher e fazer avançar
Neste sentido, não sei se é exemplo mas é aproveitar as oportunidades que eu tive e outras não tiveram para fazer avançar a agenda das mulheres que ainda não chegaram ao empoderamento que algumas de nós já chegaram. Nós não tivemos problemas, e não temos problemas de mostrar que podemos, como os homens, fazer coisas.
Já fui ministra da Defesa, da Administração Interna e não tenho me dado mal.
Aliás sai do Ministério da Defesa e das Forças Armadas a agradecer o apoio que este homens, a maioria de homens, me deu para ser ministra da Defesa. Eles conseguiram com a sua generosidade, e o facto de acharem que de facto trabalhei bem com eles, poder efectivamente realizar este novo passo na construção do empoderamento da mulher, nesta construção de libertação destes preconceitos. A mulher pode ser ministra da Defesa. Mas só se faz isto com gente que seja generosa também, com gente que não põe interesses mesquinhos, com gente que aceita fazer o melhor e tem interesse em trabalhar, e não interessa se é homem ou mulher.
Neste sentido, eu tenho aproveitado efectivamente, tenho esta noção de missão que é tenho formações, competências e capacidades que fui acumulando e não tenho qualquer dúvida que devo fazer avançar a causa da mulher, quebrando barreiras, ultrapassando certos obstáculos.
É neste sentido que eu assumo os desafios e tenho o sentimento de que devo, para além das minhas funções e obrigações, continuar a por a frente a agenda da mulher porque ainda estamos longe de conseguirmos efectivamente quebrar todos os preconceitos.
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