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Papa assinala Dia Internacional da Mulher com alertas contra marginalização feminina
Francisco agradece presença das mulheres na Igreja e pede atenção a quem mais sofre
Cidade do Vaticano, 08 mar 2015 (Ecclesia)
O Papa Francisco assinalou hoje no Vaticano o Dia Internacional da Mulher, agradecendo pela presença feminina na sociedade e na Igreja, e pediu o fim da marginalização das mulheres.
“Hoje, 8 de março, [dirijo] uma saudação especial a todas as mulheres, a todas as mulheres que diariamente procuram construir uma sociedade mais justa e um obrigado fraterno às que, de mil maneiras, testemunham o Evangelho e tabalham na Igreja”, declarou, após a recitação da oração do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício.
Francisco quis reforçar a necessidade de estar atento à "importância das mulheres" e à sua presença na "vida" de todos os dias.
"Um mundo em que as mulheres são marginalizadas é um mundo estéril, porque as mulheres não só transportam a vida mas também nos transmitem a capacidade de ver mais além, veem para lá delas mesmas, a capacidade de ver o mundo com outros olhos, de sentir as coisas com um coração mais criativo, mais paciente, mais terno", sustentou.
O Papa disse aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro que é preciso estar “mais perto” de todas as pessoas que passam por “momentos de dificuldade”, através do “afeto, da oração e da solidariedade”.
Francisco deixou depois uma "oração e uma bênção particulares" para todas as mulheres.
A tradicional catequese de domingo centrou-se na vivência da Quaresma, o tempo de preparação para a Páscoa no calendário litúrgico, com o Papa a pedir que todos façam da sua vida um “sinal” do amor de Deus para com os outros, “especialmente os mais fracos e os mais pobres”.
Nesse sentido, convidou os fiéis a “redescobrir a beleza do encontro com Cristo”, que “liberta e salva”.
“Permito que o Senhor faça a ‘limpeza’ do meu coração e expulse os ídolos, isto é aquelas atitudes de ganância, cíúme, mundanidade, inveja, ódio, o hábito de bisbilhotar e falar mal dos outos, de todos os comportamentos contra Deus, contra os outros e contra nós mesmos?”, questionou, partindo do relato evangélico da expulsão dos vendedores do Tempo de Jerusalém, um gesto “profético” de Jesus que se liga à sua morte e ressurreição, segundo o Papa.
“A misericórdia é o seu modo de fazer limpeza”, acrescentou, pedindo que os católicos abram espaço, nos seus corações, para a “ternura” divina.
À imagem do que fez em 2014, quando se confessou durante uma celebração penitencial na Basílica de São Pedro, Francisco vai presidir esta sexta-feira ao “rito pela reconciliação dos mais penitentes com a Confissão e a absolvição individual”, anunciou o Vaticano.
A celebração tem início marcado para as 17h00 (menos uma em Lisboa) e insere-se na iniciativa mundial ‘24 horas para o Senhor’, proposta pelo Papa com o objetivo de promover em todas as dioceses momentos de oração e celebrações penitenciais, como preparação para a Páscoa.
OC